1-O Cavalo de Troia Quando Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta, foi raptada, os gregos decidiram travar uma guerra contra Troi...
1-O Cavalo de Troia
Quando Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta, foi raptada, os gregos decidiram travar uma guerra contra Troia. Os combates duraram dez anos e parecia que Troia, protegida por suas altas muralhas, sairia vencedora. Mas os gregos tiveram uma ideia ardilosa: construíram um enorme cavalo de madeira que escondia soldados em seu interior oco. Então, comunicaram ao inimigo que o cavalo era uma oferta de paz. Assim, os troianos aceitaram o presente e o levaram para o interior das muralhas. Naquela noite, enquanto Troia dormia, os gregos saíram do cavalo e abriram os portões da cidade para seu exército, o que foi decisivo para derrotar os troianos. Essa pode ter sido uma das maiores mentiras da história e um dos melhores truques de guerra se, claro, for verdade. Até hoje não se sabe se o episódio realmente aconteceu ou se é apenas uma lenda.
2-Han van Meegeren, o falsário
Han Van Meegeren foi um dos mais célebres falsários da história. Ele era negociante de arte e também pintor. Como artista, no entanto, Van Meegeren era considerado medíocre. Cansado de ser depreciado, ele decidiu pintar algumas obras de Vermeer por conta própria. Vermeer estava em alta no mercado europeu na época e tinha um pequeno número de telas existentes e uma biografia cheia de lacunas. Van Meegeren estudou seu estilo e aprendeu a falsificá-lo com maestria, “acrescentando” alguns séculos de idade às telas com técnicas como esticá-las e amarrotá-las para simular o craquelê. Enfim, seus quadros conseguiram enganar a todos e ele chegou a vendê-los por preços exorbitantes como se fossem originais de Vermeer. Ele foi tão bem-sucedido que sua tela “Os Discípulos em Emaús” foi considerada uma das principais obras de “Vermeer”. Tudo ia bem, até que Van Meegeren vendeu uma obra para Hermann Goering, o segundo homem do Reich no final da Segunda Guerra. Acusado pelo governo holandês de colaborar e vender um patrimônio nacional aos nazistas, Van Meegeren teve de confessar que os quadros eram falsos. Antes ser acusado de falsário do que de traidor.
O esquema Ponzi ganhou esse nome graças a Charles Ponzi, que o usou para ganhar dinheiro fácil no começo do século 20. Funciona de maneira bem simples: você promete bons retornos a investidores, que lhe dão dinheiro. Mas em vez de usar esse dinheiro para investir, você paga os primeiros investidores e fica com parte do dinheiro. Geralmente, um esquema Ponzi dura pouco, pois é preciso sempre encontrar novos investidores para pagar os antigos. Mas Bernie Madoff levou isso a um novo nível. Em 2008, ele confessou que conseguiu cerca de 65 bilhões de dólares de investidores que confiaram nele. Ele também sustentou o esquema por mais tempo que qualquer outro: quase uma década. Isso é especialmente surpreendente porque Madoff era um homem importante da NASDAQ, respeitado no mundo financeiro. Madoff criou o maior esquema Ponzi da história.
4-Propaganda nazista
Quando o nazismo surgiu na Alemanha na década de 30, o antissemitismo não era novidade. O povo judeu já sofria preconceito e era perseguido. Mas o nazismo levou isso a um novo nível perpetuando mentiras centenárias. Foi provavelmente a mentira com os piores efeitos da história. Para isso, Hitler contou com o apoio de Joseph Goebbels, ministro da propaganda, lançando uma campanha maciça para convencer o povo alemão de que os judeus eram os verdadeiros inimigos e responsáveis por todas as mazelas da sociedade. Hitler culpou os judeus inclusive pela derrota na Primeira Guerra. A propaganda antissemita foi forte e assumiu uma variedade de formas, desde pôsteres e jornais até filmes e transmissões de rádio. Por fim, infelizmente, acabou sendo a maior prova de que uma mentira contada muitas vezes pode se tornar uma verdade.
5-Caso Watergate
Em junho de 1972, cinco pessoas foram detidas ao tentarem fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta em telefones do escritório do Partido Democrata, no Hotel Watergate, nos Estados Unidos. Depois de alguns meses de investigação jornalística, ficou claro que os homens haviam sido enviados por autoridades próximas ao presidente Richard Nixon. Restava saber se Nixon sabia do ocorrido ou mesmo se havia ordenado a espionagem. A princípio, Nixon obviamente negou qualquer envolvimento, mas a verdade veio à tona mais tarde. Gravações de conversas privadas na Casa Branca surgiram, demonstrando que o presidente sabia mais do que dizia saber sobre o caso. Em agosto de 1974, quando já havia muitas provas que ligavam a espionagem a Nixon e ao Partido Republicano, Nixon renunciou à presidência, sendo substituído por Gerald Ford, seu vice. Ford assinou uma anistia que retirava as responsabilidades legais das infrações de Nixon, mas o caso deixou marcas tão profundas que ajudou a eleição de Jimmy Carter, do Partido Democrata, alguns anos depois.











































